Com “M” de morena
E não te vais sem antes ficar pra sempre
Não me diz “adeus” nem “tchau” nem “no próximo carnaval”
Eu posso até ficar de mal
E não me cala com teu jeitinho, menina
Tão linda, tão rio no meu calor de todo dia
Tão curada a saudade que havia
E não me faz ser bicho que pensa
Me faz correr a estrada extensa
Buscar tua boca, pele, intensa
E não me faz cantar pra lua
Me faz deitar num sonho teu
Subir teu corpo, na pele nua
E não me faz beber de outro rio
Mata a sede, me cede mais uma dose tua
E me faz faminto, irracional
Te faz dona de mim
Pertinho de ti
E não duvida da tua “lindeza”
Da “boniteza” e aceita
E não ri da inocência de quem só sabe te olhar
E não me faz escrever-te na madrugada
Eu, de voz calada
Não hei de perder o sono de minha amada