FAZER AMOR!
É a simbiose de identidades
Em fantasias, desejos e trejeitos
Que se realiza na bela conjunção
Da mente, da alma e do coração
Na essência plena da intimidade
Doce euforia de inebriados instintos
Que nascem lá nas profundezas da fonte
Onde os amantes se doam contentes
É vestir-se em trajes de cumplicidade
Ébrios enlaces plenos de satisfação
Depois se desnudam com naturalidade
Rasgando todas as vestes da emoção
Na dimensão dos poros a verter sensibilidade.
É a magia da arte com a sua oferta à vida
É deixar-se levar na fusão do abandono
Mutuo desse prazeroso engajamento
Por onde trafegam os melhores sentimentos
Nos quais não há posse de nenhum dono
É interação de erotismo e ternura
Ao doce equilíbrio das sensações
Nessa simbiose irrigada de doçuras
Os sentidos comunicam suas vibrações
É revelar-se em sonhos despertos
Em cada detalhe do olhar cúmplice
Entalhes se põem da forma mais esperta
Libido entra em frenesi e se manifesta
Em estado de comunhão dos sentimentos
Na agradável volúpia de mil encantamentos
É sensação de triunfo das tentações dilatadas
Na expressividade das pupilas de amor excitadas
Transcendência da maior e melhor solicitude
Onde a poesia de atar e desatar se dá em atitudes
Ao transcender desejos em melodia, doce sinfonia
Do êxtase na expressão suave, um sorriso leve
Vai e vem indelével como pêndulo longo e breve
Na harmonia que nos desperta, provoca e vicia
É mergulho nas entranhas dos sentimentos em estado visceral
Entra até nas vísceras e se assanha em viagem admirável
É magia que sacia o corpo e extrai d’alma contentamento
Só vivendo a captar o que dá na intensidade do momento
Em cada sensação plena desse fantástico código, ritual.
Duo: Lufague e Hilde