AMOR MATERNO
Odir, de passagem

Trazes do tempo o despertar latente
em teu ventre plasmático e fecundo,
onde concebes vida ao próprio mundo,
o carma, o sangue, a gênese, a semente.
Trazes o dom da luz, a chama ardente
do amor de Deus, ao corpo teu entregue.
Que o mundo, embora imundo, não me negue
ver-te santa que noutras santas rime!
Oh! mãe, o teu carinho é tão sublime,
que nenhum vate versejar consegue!

Tenta o poeta decifrar enigmas
da vida, ao drama do cotidiano,
o tempo havido a cada ser humano,
na procura de ser, e seus estigmas.
Atenta em conceber os paradigmas,
entre a poesia e o dia que lhe segue.
Faz-se um sátiro ser, mas não prossegue
nos passos, ante a prece que o redime!
Oh! mãe, o teu carinho é tão sublime,
que nenhum vate versejar consegue!

Os poetas de sonho e de quimera,
quando distantes do amor materno,
juram perjúrios de amor eterno,
crentes que eterno amor jamais houvera!
Esquecem-se da flor à primavera,
a mãe natura que de riso a regue,
aquela que no ventre um ser carregue,
aquela que é amor e amor exprime!
Oh! mãe, o teu amor é tão sublime,
que nenhum vate versejar consegue!

JPessoa, 02.02.2011
oklima
Enviado por oklima em 02/02/2011
Código do texto: T2768023
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