O Meu Calendário
Hoje resolvi inventar,
É algo de extraordinário,
E já que era para arrasar
Inventei um calendário.
Tem, igual, doze meses,
Com respeito pelas iniciais,
Embora nalguma das vezes
Seja uma dificuldade mais.
O primeiro mês do ano
Será o mês do Juramento,
Respeitar o ser humano
É o que lhe dá sentimento.
O mês que vem logo a seguir
Será o mês da Felicidade,
Pois quem o juramento cumprir
Senti-la-á com naturalidade.
Vem depois o mês da Meditação,
É sempre bom saber parar
Para analisar a nossa actuação
E ver o que temos de mudar.
O mês seguinte é o do Amor,
Não poderia outro ser,
Os campos ganham nova cor
E ele a viu, Isabel, nascer.
Segue-se-lhe o mês da Mãe,
Oh, que mês mais lindo,
É mês do trabalhador também,
E o quinto mês está percorrido.
Acaba o quinto, chega o sexto,
Mês dedicado à Juventude,
Será dela o mais lindo texto
Na, difícil, mudança de atitude.
Meio ano já está visitado,
O mês dos Jogos, da diversão
É o que agora se faz anunciado,
A escola e os exames já lá vão.
Fecha a escola, vive-se a Amizade,
Já temos tempo para os amigos,
Recebem-se os que são novidade
Revêem-se aqueles mais antigos.
Eis que chega o mês da Serenidade,
Talvez seja o tempo a ajudar,
A vida volta à sua tranquilidade
Começa a apetecer o calor do lar.
O mês que está prestes a chegar
É o mês denominado de Ousadia,
Só com ela conseguimos enfrentar
O frio previsto pela meteorologia.
Noite, que nome mais indicado
Para este mês que surge agora,
É um mês de semblante carregado,
Que começa a mandar o ano embora.
Só já nos falta o mês final,
Só poderia chamar-se de Diversão,
Afinal este é o mês do Natal,
Das prendas, da família, da celebração.
Assim construí este meu calendário,
Muitos outros meses lhe poderia pôr,
Talvez até pudesse fazer ao contrário,
Mas nunca tiraria o mês do Amor.
Francis Raposo Ferreira