A NAMORADINHA

Num banco de jardim, de mil flores

rodeada, de seda branca o vestido,

abres de cuidados os teus amores,

que guardas num baú, de couro curtido.

São cartas de amor e fitinhas de cetim,

que tu preservas, como a um tesouro.

E que agora abres e recordas assim,

como se fossem belas pepitas de ouro.

Leves fragrâncias envolvem o teu ser,

e tuas mãos delicadas procuram delícias,

que tu sabes, que no baú, ao remexer,

irás encontrar, em toque de pele e carícias.

Antigos enamoramentos de menina,

que tu soubeste guardar nessa caixinha.

Hoje lembras, em tua posse feminina,

que também tu já foste, a namoradinha.

Jorge Humberto

19/02/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/02/2011
Código do texto: T2801769
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