ACORDA, CUIDADO! OLHA A CORDA.

Vai, aproveita, estou a seu dispor,

Sem nenhuma restrição, fale o que quiser.

Afinal, meu coração,

A escolheu para ser minha mulher.

Acordei com o pé esquerdo, então,

O direito nem viu a cor do dia.

Sabe, Maria, às vezes acontece,

O danado do pé embravece,

Até eu, tenho medo dele.

Pensa que estou brincando?

Pode até não acreditar,

Sei bem o que estou falando.

Pé nervoso o que faz ele não sabe,

De tudo ele é capaz.

Se eu morrer, Maria, você

Não vai ter mais poesia, porque

Seu poeta sou eu

E todos vão dizer:

O poeta de Maria morreu.

Acorda, Maria! Olha a corda!