ELOGIO DOS TEUS SEIOS

Teus seios são dois poemas

de perfeição infita.

Dois diamantes, duas gemas,

ouro de lei em pepita.

Perfeição da natureza

entre o roxo e rosicler.

Nunca vi tanta beleza

noutos seios de mulher.

Ao toca-los com o dedos

têm um frêmito supino

de que não guardas segredos

- são cordas de violino

Duas pérolas divinas

para enfeitar o teu colo...

Sazonadas tangerinas

para os lábios de um Apolo!

Deus nos levasse ao Eterno

com eles ao nosso gozo...

Purgatório, céu, inferno,

nada importa ao amoroso.

Bastava que a nossa idade

não se passasse ao depois...

Que Deus, que a Eternidade

rolassem sobre nós dois...