MARGINAL AMOR

Este amor, guardado no silencio,

e grudado na retina

Respingando esta ansiedade

Como gotas de uma torneira vazando,

Intermitente... Gotas a gotas,

Do mel da boca que canta os versos,

Do suor que este calor faz escorrer,

Dos outros líquidos escorrendo pela alma...

Gotas, gotas, gotas,

Assim enquanto tudo se move

Neste mundo vertiginoso, correndo mundos.

Este amor debruçado sobre a mesa,

Cabeça entre os braços dobrados,

Vê-se imerso, em versos,

Gotas, gotas, gotas...

Antena querida, teus versos me caíram como um desjejum faustoso, que digeri com gula, deu os versos acima... Gosto de tu, cê gosta d'eu? Rs xeros Artur.

AMOR MARGINAL

Diz! Diz o quanto tua boca deseja

O mel que de minha boca goteja

A cada palavra declamada...

Diz da alvorada de versos límpidos

E dos movimentos íntimos

Que teu coração recita ao meu coração...

Diz, meu amor, do leito de flor

Com que te acolho em meu seio...

Declara a devoção sem receio

E rega este meu amor por ti...

Pois, desta boca saltam os versos

Que o amor recita ao peito...

E não há pleito mais intenso

Que tal floração de desejos...

Em cada olhar meu amor proclama

A sincera dor de um coração vedado

Condenado à paixão por quem ama

Porém, não pode ser conquistado...

E mi'angústia de viver sem ti, amado

É a angústia de mil calvários de dor

E não existe maior malfeitor

Que o pesadelo de não tê-lo ao meu lado

ParAbOliKa