Louco de Amor
Dizem-me louco
Dizem que sou
louco,
Por tanto te amar,
Eu sei que o sou,
pouco,
Sem nada me importar,
Desejam que eu mude,
Como se mandassem
em mim,
Ah, que Deus me ajude
A continuar louco,
assim,
Quem pensam que são,
Guardiões da verdade,
Não, isso é que não são,
não,
Não lhes vou fazer a vontade,
Poderão chamar-me de louco,
louco
Não me deixarei mudar,
Por quem sabe tão pouco,
pouco
Da beleza do verbo amar,
amar,
Podem apontar-me o dedo
E tentarem deixar-me sozinho,
sozinho
Não hesitarei, nem terei medo,
nem terei medo
De seguir o meu próprio caminho,
caminho, não.
Não, não lhes darei essa vaidade
De me pensarem não louco,
louco
Quero seguir a própria vontade
De te amar,
de te amar,
e não pouco.
deixai-me então
ser louco.
Francis Raposo Ferreira