ILUSÃO

ILUSÃO

Chove dentro do meu eu.

O tempo crepuscular assombra o meu ser

permaneço neutro

vazio

tremelicando feito vara de bambu que no vento assobia nos meus tímpanos.

Ferve-se as larvas do meu vulcão

que ameaça explodir, invadir todo o território inimigo.

Tudo e todos a minha frente virarão pedra

ficarão petrificados como ficou meu coração.

Sinto-me um camikaze

bombardeando

arrasando.

Extrapola minha fé

Fecha a minha bondade

cidade, cidade

grande como era o meu coração.

Lá fora esbarram-se os prós e os contra

lá fora se vê o faz de conta!

Do Livro: Amores e Decepções da Meia Idade – Poesias e Desabafos

Paulo Araujo