Mulher Faceira

Lá vem ela com o seu vestido azul e rendado,

Cruzando as ruas de barro e as areias da praia,

Esbanjando com charme seu cabelo ondulado,

E por causa da inveja das mulheres, leva vaia,

Ao contrário dos homens, que ficam enfeitiçados

Com a excessiva beleza da mulher da praia.

Mulher faceira, sim, és toda trigueira,

Teu corpo todo cheira às plantas do fundo do mar,

Tua pele é da cor da árvore de amendoeira,

Ora, mulher natureza, por que queres me conquistar?

Tua boca tem sabor do fruto da cerejeira,

És quebra-mar, sei que o teu amor queres me entregar,

De fato, não sei se és mulher ou sereia,

Mas sei que és abençoada por Iemanjá, a rainha do mar.

Todos os Direitos Reservados pelo Autor.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 05/11/2006
Reeditado em 05/11/2006
Código do texto: T282760