seja eu
afago de flor, no chão ardente
toque de luz, na lápide sombria
sou assim :paz e guerra demente
cantigo suave ou brado na pradaria
meus dias...caminho sem retorno
do ventre vou andando ao túmulo
ferro quente forjado ao torno
saber...dor...tudo acumulo
sou pétala rasgada pelo vento
sou galho partido pelo raio
abraço seu eu ao relento
se na gota de sereno caio
e vazar-me vou para o nada
se morares lá, contigo fico
real, irreal ? conto de fada...
mundo de amor que te dedico
eis meu eu em parcos versos
serrapilheira a esperar-te o corpo
deita flor, dorme comigo
sejas barco, serei seu porto.
* para minha amada jujumary, com todo meu amor