Armadilhas

Pra que sofrer diante de um fato já esperado?

Por que lamentar o que aconteceu,

Quando na verdade,

O acontecimento era irrefutável?

–Que poder é este, de superação, que tanto buscamos,

E nunca o alcançamos?

Não se pode dizer-se intocável por nada...

Quando menos esperamos,

Sentimo-nos embaralhados, entrelaçados

Nas armadilhas da vida,

E, em regra, são armadilhas sentimentais.

Não se pode se autointitular imune

De sentimentos refutados

Por medo,

Por defesa,

Por insegurança e, sobretudo,

Por proteção.

– Proteção? Sim!

Proteção às pessoas, às histórias de vida, aos valores.

Não se pode, jamais, tentar frear sentimentos,

Quando na verdade, eles saem em disparada,

Como um caminhão carregado

Descendo ladeira íngreme, de forma desordenada...

Não podemos, não conseguimos facilmente, não devemos...

Mas tentamos!

E é norteada nesta força, neste querer, nesta determinação, que digo:

Tentarei te esquecer!

Rose Melo
Enviado por Rose Melo em 16/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2851405
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