(Imagem obtida na net)

 

Quero provar de novo // ainda que saiba o sabor

E dialogando contigo... // mesmo que nada digamos…

 

como teu fruto proibido // amora, morango, romã!

_____ nem ligo para o tal pecado // que lancei à lua nova…

que serves em porções generosas // no marulhar da manhã

_____ que logo me atiça os sentidos // e os sentimentos renova.

 

eu sorvo pedaço a pedaço // lambo, trinco e me arrepio

_____ quando beijo tuas faces rosas // atrevo-me a ser explosão

Gulosa // ah, loucura canibal, me vingo…

_____ inebriado // tresloucado!

 

desencadeia em mim // ou daquilo que ainda resta

_____ como um desejo, um afã, // uma miríade de sois

uma febre terçã // desatino que extravasa

_____ sensações adoráveis, enfim // ou o caos nado no assombro

quando me ofertas tua maçã // como veneno que me trucida

_____ eu a degusto até o fim. // Morrer? Me basto assim!

 

Denise Severgnini / Paulo César

Em 18.Mar.2011