AMOR ESCONDIDO

Cerco-te de paixão e ventura,

não há solidão na minha voz;

e todo eu sou para ti ternura

como se de um rio na sua foz.

De carmim visto teu caminho,

seda ponho em cada palavra,

que escuto quando sozinho:

arado ao sol que a terra lavra.

Do homem que mui te anseia,

ficou em ti a sós a recordação,

eu sou a metade que pranteia:

não o digas nunca, ao coração.

É que ele só por ti desfalece,

tal a graça de teu ser mulher,

que se esconde e permanece

atrás de um disfarce qualquer.

Jorge Humberto

20/03/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 20/03/2011
Código do texto: T2859766
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