Carta ao meu amor II – Vinte e um de Março

Restaram-me as lembranças que me adsorvem

E aquecem onde no frio, perpétuo encontro-me...

Advém aquele amor, acordando pesadelos que não vem

Que se alastra feito veneno que inflama e sorve-me.

E quando na noite, gritos sentidos não ouvirdes,

Será porque nenhuma noite acordou-te em mim...

Mas onde vós me fostes, perdida na noite que me ardes,

Devolver-me-á os gritos ao peito e porá na agonia o fim.

Por onde anda a amada, perdida minha, daquela noite?

Para onde me levou da alma e escondeu-me de mim?

Ah, destas promessas de pesadelos feitos, nada sente

E mais que sentir, eu vos senti, sonhando pesadelos, assim.

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 21/03/2011
Código do texto: T2861019
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