DE AMOR, PERDER-SE...

Por princípio, não me dou pela metade.

Ou tu me tens inteira,

ou não me terás jamais.

Sou assim: disposta

sempre e sempre a me perder

de tanto amor.

Pois o amor é um vício necessário

para mim, que já sucumbi,

muitas vezes, à solidão.

Já fechei portas e janelas

e sofri calada na escuridão.

Por isso, se amo,

que seja absoluto e solto,

e louco,

o amor que sinto.

Depende de ti

enlouquecer também.