Tu és o Sol...

Tu és o sol

Tu és o sol da Primavera

O perfume da rosa amarela

A frescura da manhã que nasce.

És a água pura que me sacia,

O ar que respiro na maresia

De uma onda que me abrace.

São tão belos os teus cabelos

Que até invejo o sol por vê-los

E a chuva por cair neles.

Eu, nem sequer posso tocá-los

Oh! Quem me dera beijá-los

Para ficar preso a eles.

Teus olhos são duas estrelas

Que brilham mais que aquelas

Que no céu às vezes vejo.

São luzes que aos meus dão luz

Faróis vivos nos quais pus

Em tua vontade o meu desejo.

Teu sorriso é tesouro de marfim

Como nada há de rico assim

Que eu deseje e goste tanto.

E até as rosas a florescer no jardim

Podem ser belas, mas para mim

Apenas imitam o teu encanto.

Os teus lábios? Minha boca deseja

Mais que à rosada cereja

Que na árvore amadurece.

São como pétalas de flores

De divinas e celestiais cores

Que a natureza me oferece.

A tua voz é uma melodia

Como o canto da cotovia

Ou do rouxinol o trinado

É doce som que me extasia

E me leva ao limite da fantasia

Certo de que do céu foi libertado.

O teu corpo de princesa

Não de rei filha, mas de certeza

Do melhor escultor que à terra vem.

Não é humana a realeza

Que te abraça e dá beleza:

É prémio de Deus sumo bem!

Das virtudes e qualidades

Não tens orgulho, nem vaidades

Pelos atributos de perfeição teus.

Mas eu? Que sou só defeito

Amo-te, mas não tenho direito

A tão perfeita obra de Deus!!!

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 23/03/2011
Reeditado em 25/09/2011
Código do texto: T2865778
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