Pranto ao Desamor

Eis que a vida apresenta-me cruéis dores

Tantos jardins de insônia inacabados

Um barco num mar naufragado

Numa miragem de falsos amores

Já não vejo minhas sombras

Despedaçam-se no chão dos dissabores

O silêncio abre asas ao infinito das cores

Num refúgio aos braços das estrelas

Esforço-me ao poder ver o azul das almas

Mas, só uma orquestra de falsos instrumentos

Plagia desafinadas melodias em lamentos

As mesmas que nos sufocam dia a dia

A inspiração da poeta geme de dor!

Sufocada na doença dos mortais sem amor

Aos inquietantes caminhos sem destino

Enroscada a teia de um porto sem tino

23/03/11

São Paulo - SP