Eu não tenho palavras suficientes.

No momento, eu não tenho palavras suficientes para formar um verso ou, quem sabe, uma poesia.

O dia estava calado, os pássaros não cantavam e a multidão não gritava.

As nuvens não me diziam a direção do vento.

Os verbos contradiziam-se com expressões de vida.

Mas o que a vida me sugeria então para mudar? Mudar a direção dos ventos? Não. Apenas mostrarei o que os meus olhos não enxergavam: o brilho do seu olhar.

Fiquei hipnotizado pelas expressões de um olhar, às vezes vulgar, às vezes apaixonante, às vezes tímido. Mas que timidez sua me impediria de te olhar? Nenhuma. Não deixaria de olhar para o sentido da vida.

Sentido de um vento mais calmo.

Não deixaria de escrever o teu nome com o vento na areia da praia.

Pois você acalmou a fera de um coração sem rumo, sem partido. Um coração menos político, mais doloroso.

Talvez seja idoso de tanto já que sofreu, mas surgiu alguém. Surgiu você então.

Resumiria sobre a você que sinto meu corpo sendo levado por um vento aos seus pés junto com a areia da praia.

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Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 25/03/2011
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