Café às Cinco

Quero que me traga o café

Às cinco horas por gentileza

Mas quero que ali na mesa

Venha me acompanhar

Pé ante pé

Quero entregar o que demais precioso tenho

A pétala de rosa enficada e que quero que vejas

A bela flor que se abre e floresce

A bela poesia nas letras que aqui ensejas

No belo bolinho da tarde o cheiro descomunal

Na troca de olhares percebas, não é banal

O amor que sempre corre primavera dentro

Por favor me traga mais café e bolinhos de chuva

É um romance perto do ideal

Por que a perfeição tormenta e estraga

É sabido que as coisas tem que ser no ponto

Favor, garçom traga-me também o afago

E o respingo da chuva que o bolinho houvera deixado

Ah... saudades do amor, saudades, que saudades

Vem aqui sente-se ao meu lado

Traga-me um café?

Poeta Allan Garrido