Vontade
Quando grita a alma torturada,
Perfurada pela lança da incerteza.
O juízo já não mais acalma
as brasas escondidas em frieza.
A voz que cantava aprisionada,
transborda entre os lábios cerrados.
Os primeiros sussurros são libertos
da sinfonia que em mim habita.
As cordas que mantinham meu corpo afastado,
desfiam-se, ruidas pelo seu espírito.
Magnetizado e incontrolado
passo a frente da vontade.
Berra a alma ulcerada!
A voz explode em tom atenuado!
Lábios abertos, sem mais amarras!
Pulo a frente da vontade...
Te beijo.