Vontade

Quando grita a alma torturada,

Perfurada pela lança da incerteza.

O juízo já não mais acalma

as brasas escondidas em frieza.

A voz que cantava aprisionada,

transborda entre os lábios cerrados.

Os primeiros sussurros são libertos

da sinfonia que em mim habita.

As cordas que mantinham meu corpo afastado,

desfiam-se, ruidas pelo seu espírito.

Magnetizado e incontrolado

passo a frente da vontade.

Berra a alma ulcerada!

A voz explode em tom atenuado!

Lábios abertos, sem mais amarras!

Pulo a frente da vontade...

Te beijo.

Bruninhoo
Enviado por Bruninhoo em 29/03/2011
Reeditado em 29/03/2011
Código do texto: T2876602
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