Quando ela...

Quando ela acreditar que o encanto acabou,

Que o canto cessou,

Que a orquídea murchou...

Quando pensar que não há mais poesia,

Que não se terá alegria,

Que rompeu-se a sintonia...

Quando ela achar que não tem mais graça,

Que aonde havia fogo, agora só há fumaça,

Que o futuro será uma desgraça...

Quando duvidar da verdade dos sentimentos,

Quando não der ouvidos aos meus argumentos,

Que refletem a pureza dos meus intentos...

Há de tocar aquela música,

E fazer reviver a branca flor

Inspiradora de tantos poemas,

Razão da felicidade minha.

Há de perceber que aonde há fumaça,

A fagulha ainda pode provocar incêndio,

Reacendendo a louca paixão,

Acalentando o insensato coração.