PARA ARIADNE
PARA ARIADNE
Sergio Pantoja Mendes
Gosto quando te sentas,
aqui e quieta,
quase a não respirar
e te deixas a cabeça ficar,
em meu ombro caída...
Gosto quando nos acolhemos,
nos braços com abraços,
qual galhos emaranhados,
que sem vento, não se movem;
apenas se tocam, serenos...
Gosto de estarmos aqui,
a olhar, calmos e quietos,
em reverente silêncio de prece,
o escurecer da tarde,
que se vai fazendo noite...
Gosto de estarmos aqui
e de ver que adormeces...