SEMPRE A MESMA CENA

Dentro do cinema

Lábios se cruzam

Repetindo sempre a mesma cena

Ao som da múisca de Cazuza

Você tira a blusa

Lambuzada de suor

E me pede para amar

Tua flor que cheira sexo

Teu beijo gosto de mel

Pede para noite se tornar infinita

E as estrelas se transformem

Em barcos de papel

Desecendo o riacho de levezinho

Como gaivotas que erguem vôos

Ao pôr-do-sol

Por detrás daquele deserto farol

que se envenena

Repetimos sempre a mesma cena.

edd wilson
Enviado por edd wilson em 11/11/2006
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