Vaticínio Cigano

A cigana tira suas próprias cartas...

Busca nelas... saber do seu amanhã...

Enxuga as lágrimas e a tristeza afasta,

Pensando no seu amor e no seu clã...

Pede aos seus ancestrais proteção,

Coloca as cartas como uma cruz...

O medo faz tremer sua miúda mão...

Pede ela: - Valei-me, meu Bom Jesus!

Sequer percebe seu anjo de prontidão.

Nas cartas vê seu passado e futuro...

Sente disparar seu apaixonado coração,

As cartas joga... com maestria e apuro.

Algumas pressagiam muitas dores...

Mil felicidades e também dissabores...

Dizem: - Cuidado com os impostores!

Não te deixes levar por falsos amores!

Eis aberta... a carta tão esperada...

A carta dele já estava bem marcada...

Dizia ela: - És dele, a única amada!...

És abençoada, será bela a alvorada!

Baila a cigana feliz e cheia de graça,

Será forte e valente como sempre...

A alegria... o orgulho da sua raça!

E o seu amor será sempre ardente!

Tirou a sorte grande junto de um ás...

Seu cavaleiro era a carta marcada,

As cartas... não mentem jamais!...

Amava tanto e era muito amada!...

As cartas não mentem jamais!...

Será ditosa a audaz cigana...

Liberta dos terríveis vendavais,

Junto ao homem que tanto ama!

Festeira e alegre, seguirá em paz...

Pois as cartas não mentem jamais!...

Mary Trujillo

27.03.2011

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 03/04/2011
Código do texto: T2886403
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