NAUFRÁGIO

O tu que um dia navegas-te

Na amplidão da minha alma

Enfrentando tempestades

No oceano do meu corpo.

Em uma louca aventura

Foste pirata sanguinária

Desbravando minha inocência,

Bucaneira inexperiente

Conduziste tuas mãos

Como se fossem

Velozes navios

De velas estendidas

Insufladas pelos ventos

De uma paixão.

Mas o destino

Te fez naufragar

Tombada pelas ondas

De um furioso desejar,

E agora,

Depois da tempestade,

Não vejo mais

Refletido em teu olhar

O brilho do meu mar.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 15/04/2011
Código do texto: T2909946