Beija a minha saudade

Nos primeiros acordes da manhã,

tua voz soa terna em minha alma,

no suave canto do colibri

e me acalma...

Aninha-se sob os lençóis da minha solidão,

deitando-se prazerosa em minha cama,

dizendo que me ama,

aquece o meu coração.

No ardor de minha saudade,

esqueço que tão longe estás,

desejando-te menino, homem, meu, aqui,

na noite, no dia, na eternidade.

Os raios do sol que me convidam a acordar,

dizem-me de ti, afugentando a solidão,

refletindo o brilho do teu olhar,

num mar de ternura e paixão.

Como num campo de girassóis,

atraindo para si a face dourada,

despertas em mim a alegria da vida,

fazendo-me tão amada.

Nesta poesia que mescla loucura e devoção,

sou tua, meu anjo apaixonado,

a minha inocência, minha doçura,

meu desejo, meu suspiro sufocado.

Tome meu amor:

minha poesia,

minha verdade,

e beije a minha saudade...

Lídia Sirena Vandresen

(26.06.2008)

Lídia Sirena
Enviado por Lídia Sirena em 25/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
Código do texto: T2930411
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