poesia 886
sentado,pensando,não fazendo
musicas pairam no ar
pássaros estremecem o telhado
rostos me olham
mas são olhares sem vida
sem alma e sem emoção
tenho andado pensando
seria o ultimo dos últimos?
ou talvez um recomeço?
mas já n cabe a mim essa resposta
minhas mãos não mais atadas
minhas pernas voltam a se fortalecer
pouco a pouco lanço-me em uma nova jornada
pontos e virgulas,traçados,gestos
tudo que antes fazia sentido
já estão nas estantes,ainda sem poeira,
mas já estão
dias de relembrar já se passaram
dias e deslumbres novos acontecem,
minuto a minuto
palavra por palavra,dia apos dia
como a vida antes esturgada
abrisse os olhos
tamanho é o alvorecer
apos três luas de sofrimento e dor
noites mal dormidas
choros sob o mundo
descaso com o sentimento
antes aurora boreal
agora desconhecida
como se fosse em branca as paginas vividas
campo de visão maior
alternativas aparecem
estradas estão a caminho
a cidade dos desolados e das ilusões ficou para trás
sóbrio pensar
momento este
tão plácido
que cada coisa
qualquer coisa
cada objeto ao meu redor ganha vida
esperança?
anda em um meridiano
meio distante
mas nao impossivel..