QUANDO SE PERDE UM AMOR

Por amor

não se morre de repente.

Morre-se, a cada dia, invariavelmente.

Quem perde quem ama,

morre-se aos poucos, mas, constantemente...

Em cada ser e momento, uma morte diferente.

Quando se perde um amor,

Vai-se aos poucos se sentindo descontente...

Inesperadamente o prazer de viver se faz ausente.

Quando se perde um amor,

O peito fica dormente, a alma se perpetua descrente...

Somente a dor se mostra renitente e fere impiedosamente.

Por amor

Já fiquei convalescente, morri assustadoramente...

Por outro amor renasci mais intenso e experiente.

Por amor

tudo se faz, tudo é possível, até mesmo o incoerente,

desde que se ame excessivamente e inexplicavelmente...

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 27/04/2011
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