Amar o que é

Minhas lágrimas encharcam o solo

Purgando as dores do mundo

Formando oceanos profundos

de compaixão e alento

esperança infinita...

Minha euforia nasce inocente

Se abre no sexo, no plexo

no verso...

Flores do ser

Côncavo e convexo

Explode em riso de criança

Semeia flores, perfuma cores

No eterno gozo da primavera...

Minhas sombras sinuosas

Emergem de dentro pra fora

Adentram de fora pra dentro

E a todas eu danço

E a todas concedo o alento e o canto

Plasmo coreografias de paz

em palcos do agora

em teatros do além...

O amor me habita e transcende...

Abriga a pequena alma

Em sua Grande Alma

Como pode o pequeno abarcar o Grande?

Como pode o finito abraçar o infinito?

Não sei como, mas pode...

Por Ele alcanço o hálito dos deuses

Aceito o que foi e deixo passar

Embalada pelo amor que une

Amando ainda mais o que é

Os que são, o que flui

de coração a coração...

Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 28/04/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2936863
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