O amor de um bruxo

Na poeira dos tempos meus pensamentos.

Vagava meu olhar sob a plenitude da vida.

O resplendor do sol em seu espetáculo único.

No céu azul intenso e com poucas nuvens.

A garça delicada em seu voo seguro e feliz.

O vento sutil trazia o perfume de madressilvas.

Mergulhei minha alma nesta paz solitária.

Meu semblante sereno a buscar nas memórias, você.

Que igualmente ao sol iluminou e aqueceu-me.

Azul tão lindo de seus olhos a me fitar.

O abraço tão aconchegante quanto aquelas nuvens lá no alto.

Reconheci á ti, no meio de muitos olhares perdidos.

Seu encanto. Sua doçura. Envolventes.

Vivi dias de conquista. Elevei os meus sentimentos.

Conheci o amor verdadeiro e lhe fui fiel.

Doei parte de mim á ti, em muitos versos.

Feito na aurora das eras.

Embebi o néctar de seus beijos, inesquecíveis.

Fiz juras eternas e jardins encantados.

Pedi a faunos a melodia das florestas.

Ninfas com seu brilho e cores a iluminar o caminho.

A lua era cúmplice de nossas noites de amor.

Adormecia tão serena em meus braços.

Sob um céu de estrelas sorridentes.

A perfeição em forma de amantes eternos.

Ainda fito o horizonte de possibilidades.

Em mim a confiança de nossa jura tão eterna quanto o Espírito.

Tu és a eleita de minha alma, Senhora dos Tempos.

No abraço eternal em forma de letras,

Embebidas em meu cálice, pra ti.

Alecxander Christian Laskowiski