O Amante Cibernético
 


Uma vez amor,
Toda a vez amor.
Uma voz de dor,
Sentimentos que voam,
Num corpo sem amor.


Felicidade tímida,
Dessa vida discorrida.
Vislumbrar a esfera celeste,
Sem se preocupar com o que se veste.


Horizonte de esperança, uma dança,
O olhar flamejante da amante,
Um sussurro decaído no mar profundo,
Sonhos de um garoto descuidado.


O mundo é infinito, dentro deste quarto,
Vejo você na tela, quem está na tela?
Não é você, a essência de você.
Apenas uma imagem iluminada,
Neste imenso mundo que me guarda.


Não lamentarei, não chorarei,
Apenas irei cantarolar,
Cânticos de paixão.
E viajar virtualmente,
Para roubar o teu beijo.
E ficar extasiado,
No silêncio deste quarto.

Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 30/04/2011
Reeditado em 07/08/2015
Código do texto: T2940736
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.