Razão... Amor...

Meu coração quer explodir

Minha alma quer voar

Minha cabeça quer entender

O meu eu, só adormecer

O palco das razões está iluminado

Apagando cada vestígio de ilusão

Cada fagulha que insiste em acender

Do amor idealizado por tantos contos

Tantos poemas, tantos corações

Partidos, quebrados, ameaçados de extinção

Vontade de explodir em ira

De gritar na cara do Amor

Quem você pensa que é?

Ou quem pensamos que você seja

Ei Amor, vou apontar o dedo na sua cara

E gritar toda minha razão

Razão essa que se perde nos teus caminhos

E faz o caminho de volta à terra dos sem razão

Ei Amor, você está deixando de ser amor

Está se tornando calmaria, passos mal dados

Confusão...

Ei Amor, já não te conheço mais

Você costumava ser bem mais potente, imponente, arrasador

Está se tornando razão?

E vai ficar aí parado? Cansado?

Vamos, levante-se, lute, cegue uma vez mais!

Já não te vejo mais por aí

Espalhando flores, diminuindo distâncias

Espalhando suspiros, planos e trilhas a dois

É Amor...

Vim aqui gritar com você, mas percebo que você está pior que eu

Cheio de razão!