Rainha e senhora

Reina em loucura no meu poema,

esse brilho que a mulher pode dar.

Para o homem… verdade suprema,

mulher é deusa, quando está a amar.

Os meus versos podem ser a loucura;

Mas… Pedaços de lua no meu peito…

O Loiro dos teus cabelos ternura,

é o sol que ilumina o teu leito.

És um céu… E podes dar-me o céu…

Brilho nos olhos deste pecador;

Que desta vida só pode ser réu,

pois seus pecados… são fruto de amor.

Desdenha o homem… Um pobre coitado!

Que no egoísmo esquece a vida.

Não vislumbra a deusa a seu lado

e sente a dor, quando ela está perdida.

Sente no peito o brutal vulcão;

Chamas queimando, no mais brando lume.

Abrindo a ferida no coração,

pois que germinou nele, o ciúme.

Mas a deusa se imola no altar,

o homem que ama, nunca o esquece.

Canta na vida o verbo amar;

Na mais bela… e que divina prece.

Essa mulher é deusa e rainha,

grita ao mundo a sua divindade;

Na vida não pode estar sozinha,

pois que há um homem, que ama de verdade.

E assim, entre as brumas desta vida,

homem e mulher cumpriram destino;

Vivendo uma loucura perdida,

pois nesse amor… tudo é divino.

Foi escrito no céu o doce mistério;

Enfeitaram o seu leito de flores…

Fizeram do amor um magistério,

cantaram ária, com os seus amores.

A mulher me dera o céu finalmente,

porque o seu amor já brilha na vida.

Escrito no poema eternamente;

Que essa mulher… foi para mim a querida.

Estoril – Portugal

29 de Abril de 2011

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 01/05/2011
Código do texto: T2941891