Compactuo...

Deste frenesi que me trazes oh! Lua,
Confesso somente a ti a promiscuidade
Que assola o ver do ser a estrela nua 
nos  rebotalhos impressos na vaidade...

De ser na cheia como a ti Sereia
Talvez quem sabe como a maré
Que sucumbi às rochas na areia,
E lobriga as ondas parcas de fé.

Cicios que ouço no balét das orlas
Halo do vento que ao corpo permeia
Na submissão do querer que inspiras
A excitante poesia que a brisa ateia.

Na saudade dum oitante que afigura
As lembranças de amores diversos
Segredando a quem goza na leitura 
O  universo a quem traço os versos.

Nos ocasos imensos ofuscados de solidão
De íris crivadas no firmamento regresso
Pactuando com luar, ditados na emoção,
O poeta nu , despe o sombrear pregresso.


“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
10 2006-13 


Leitura recomendada:  " Dois adoráveis anos...Parabéns ao Recanto".


Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 17/11/2006
Reeditado em 17/11/2006
Código do texto: T294206