O AMOR CANSA...

O amor cansa.

Cansa tão suavemente,

num tempo tão peculiar e tão seu;

que mesmo atento o olho do amante

não sentiu e não percebeu,

que o amor de doente,

na sua frente,

feneceu...

O amor emite avisos.

O amor manda sinais.

O amor demonstra cansaço.

Somente os seres especiais percebem.

Outros, a maioria, marcha alheia a tudo.

Depois, cegos de paixão

não querem entender,

que o amor,

de exausto,

morreu.

A ninguém é permitido reanimar o amor.

O amor não comporta massagem cárdica,

nem há chance de sopro boca a boca...

O amor, quando sufocado, morre

de vez e para sempre e sempre!

Muitos tentam e morrem

junto ao amor estendido,

comoriência bizarra,

mortes anunciadas,

solidão...

O amor cansa,

depois descansa eternamente!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 01/05/2011
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