Nômade dos Mares

Meu coração silente e adormecido,

Há muito não deixava acariciar meus sonhos...

Meio desmensurado, torpe, precisando de cuidados

Parecia estar bem, até saber de ti.

Meu corpo a esmo, abandonado, dilacerado

reascendeu com tua visita, nômade dos mares.

Deixando-me assim absorta de desejos

a emaranhar-me dos teus encantos.

Venha ter-me como tua necessidade

Traga-me teu beijo, teu gosto adocicado...

Em descuido coloco-te em meus pensamentos,

e faço de mim mulher inteira prá ti.

Encontre-me em minha morada de sargaços

Que me vestirei de quimera, para ser teu alvo.

Entre murmúrios,terá a àgua de minha fonte

Desvelada em meu corpo e minha volúpia.

Ame-me toda, como se fosse teu refúgio sagrado,

apossa-te de mim e seja o dono dos meus credos.

Toma-me para ti com toda fúria do teu ser,

Que abrigarei o amor que hoje me faz ser tua.

(MérciBenício)