A ETERNIDADE DE UM BEIJO

Não, não é verdade

Este adeus em tua boca,

São delírios de alguém

Que já não sabe o que diz.

Tu não sabes o que sofro,

Como poderias saber?

Afinal é impossível, meu Deus,

Que tanto sofra um misero mortal

Que ´inda viva na face da terra.

Pequenino, pequenininho!

É o meu peito

Pra conter um amor, tão grande!

Tão pequenino

Que já nem é humano.

Eu chorei, e meus olhos secaram-se,

Nem mais uma lágrima!

Nem mais uma dor!

As dores todas

Fizeram-me tragar

O meu amargor.

Ah! Se ao menos a dor

Que minh`alma sofre

Um pouco se aplacasse,

Pudesse, inda que por um pouco!

Prolongaria o instante antes do adeus

Na eternidade de um beijo

Roubado de teus lábios

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 03/05/2011
Código do texto: T2945860