ACORRENTADO AO SEU OLHAR

Correntes do olhar

Tu bem o sabes menina!

Como não o poderias saber?

Há muito tenho os olhos

Cativos ao brilho do teu olhar.

Mas indagas faceira;

“Como?

Se nunca dantes

Meus lábios te cobraram

As juras amorosas

Que um dia me fizeste.”

“Sou eu acaso feiticeira

A dominar-lhe os desejos

Amarrando-te o corpo

Nas mechas dos meus cabelos?”

“Deixa disso meu amor!

Não são feitiços que te prendem

Nos grilhões do meu destino,

És livre para partir!

És livre para ficar!

Assim como sou livre

Para te amar.”

“Se te prendem os meus olhos

Como afirmas ao falar,

Também estão presos os meus

No brilho do teu olhar.”

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 04/05/2011
Código do texto: T2948116