AMADA
amada rapariga,
meu verso é sangue,
manuelbandeiramente falando,
vertendo útopia.
amada rapariga,
meu verso é pedra,
na funda do tempo,
porrada na solidão.
amada rapariga,
meu verso é diamante,
partindo-se em milluas,
no coração da gente.
amada rapariga,
meu verso é tarrafa,
é água é canção,
é arroz com feijão.
amada rapariga,
meu verso é morcego,
Augusto dos Anjos,
de Campos,de Barros.
amada rapariga,
meu verso nem sempre
fala verdades,
mas às vezes salta do papel
e explode na cara do cara,
ferindo mimha cara,
esbofeteando um
mundo de caras vaidades.
Joelson Gomes da Silva