Alfredo Cortês

Alfredo Cortês (Estremoz)

Em mil oitocentos e oitenta,

Na vila Alentejana de Estremoz,

Nasceu quem a fama sustenta

Pelas inúmeras peças que compôs.

Dramaturgo de mérito Nacional

E, ainda argumentista, fugazmente,

Grande nome do teatro em Portugal,

Foi gente grande entre nossa gente.

Em Coimbra se formou em advocacia,

Mas nos palcos a barra enfrentou,

No ano de vinte e um teve o seu dia,

Quando sua primeira peça se estreou.

Aconteceu, logo, no teatro Nacional,

“Zilda”, assim se chamava a peça,

Revelavam-se qualidades sem igual,

O homem era mais que uma promessa.

“Domus e saias”, “Á lá fé”, “O Lodo”,

“Lourdes e o ouro”, são trabalhos seus,

Que definem o homem no seu todo.

Alentejo, eis outro dos grandes filhos teus.

Passou pelo cinema, esporadicamente,

Desempenhou funções de argumentista,

“Ala-Arriba” é fita com a sua patente.

Em quarenta e seis perdemo-lo de vista.

Francis Raposo Ferreira

FrancisFerreira
Enviado por FrancisFerreira em 09/05/2011
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