Amor Desconhecido

Corro muda invadindo as madrugadas e sonos vizinhos

Ruma solitária e o sorriso maroto do travesseiro alheio

Busco em vida a saída de colos parceiros

A navegar mares revoltos, persisto no prazer de ser sua.

E a noite invade o saliente e comete a demente privação.

Como ilusão e paisagem sem vez, o tempo nem perdura,

Mas a imagem imaculada é Santa de pau oco.

Desejo ser a mulher de um homem livre para amar.

O movimento dos mares por acaso não vem e vai?

Porque bloquear o tempo? A ondulação tão constante?

O amor é corrente no desalinho da costura de passagens

E quero construir tijolo por tijolo.

Dedico o caminho ao desconhecido amor.