Prezo pelo amor!

Sou uma pessoa que preza pelo amor;

Mas o amor não corresponde à altura.

Talvez por isso eu seja de uma estatura mediana.

Às vezes eu queria ser normal,

Talvez eu queira ser igual às outras pessoas, que não sentem amor e não prezam pelo amor.

Sou mutante, só que ainda não sei meus super poderes...

Só sei que, na minha corrente sanguínea, corre puro amor.

Só sei que, no meu coração, pulsa amor...

Só sei que fui feito com amor puro...

Sou diferente: enquanto uns pintam, pulam e dançam, eu escrevo, choro e amo...

Talvez eu goste de chorar. Se um dia faltar água no mundo, eu irei ter ainda minhas lágrimas para me hidratar.

Talvez eu seja patético, mas, para alguns, sou poético.

Tento ser ético comigo mesmo, por isso eu não deixo minha missão.

Se o amor não preza por mim, viu amor? Eu prezo por você.

Amor é como planta: você joga a semente na terra e ela vai criando raiz, vai se desenvolvendo, e ela vai florescendo.

Talvez eu não saiba muito sobre a plantação do amor.

Talvez eu não seja um agricultor do amor.

Talvez, de um diretor, eu seja apenas um simples espectador do amor.

Amor, eu te amo, mesmo que você não me ame.

Lembre-se: A essência da vida é o amor!

Talvez o amor não sinta um amor incondicional sobre a minha pessoa.

Posso ser deprimente escrevendo - mas é o que encontro para desabafar.

Muitos encontram o álcool e eu encontro as letras.

Talvez aí seja o meu erro - Mais uma vez achei uma diferença.

Não precisa me conceber como um santo, pois santo eu estou longe de crer...

Não queira me ver como um anjo, pois anjo eu estou longe de ser...

Muitos não prezam pelas letras e isso me magoa, pois, por detrás delas, houve muitas lágrimas.

Porque um verdadeiro poeta não inventa; um poeta escreve o que sente... Escreve com a alma - Eu sou um verdadeiro poeta.

Esse mundo me incomoda. Quero mudar, mas não consigo.

Queria que o mundo fosse mais vermelho de amor.

Queria que o mundo não fosse preto de escuridão.

Talvez a solução seja eu acender um refletor.

Tenho vontade de parar de escrever. Sei lá... Acho que sou uma berração às letras.

Pois escrevo e parece que não transmito nada às pessoas.

Não transmito o que mais prezo que é o amor.

Talvez eu não seja tão romântico assim.

Talvez eu seja, para as letras, ignorante.

Mas escrever me acalma e, ao mesmo tempo, me deixa agitado.

Escrever é o meu êxtase. Tenho relações sexuais com as letras.

As rimas são meus orgasmos. Eu sei que viajo. Estou ofegante, pois o que escrevo alivia o amor que explode por dentro.

Explode. Minhas veias se estufam, meu coração pulsa, meus dedos tremem, minhas pernas formigam...

Amo, mas parece que ninguém me ama. Sinto sozinho no mundo, atribulando.

Aonde existe amor? Gostaria de saber, pois não consigo ver. Não consigo nem ver as minhas próprias faces. Que fase...

Deixo minhas frases, minhas expressões lógicas sobre a vida, mas que frase deixaria de efeito na Terra? Antes de morrer, o mundo vai ter que ouvir meus gritos.

O mundo vai ter que ver que, com amor, tudo se torna melhor.

Talvez o mundo não queira ser melhor.

O mundo cresce, a população aumenta, mas as pessoas não mudam.

Parece que a evolução psicológica parou de existir.

Talvez só eu evolua para amar.

Talvez só eu evolua para sofrer.

Talvez eu não perca e nem ganhe. Talvez esteja num sonho.

Talvez a vida seja um sonho.

Talvez o mundo seja surreal.

Talvez o sol nem seja para todos, talvez a vida seja apenas um conto.

Uma literatura de ilusão.

Um mundo que gira, mas nem todos giram no sentido certo.

Talvez o mundo seja incerto.

Talvez as pessoas sejam incertas.

Talvez nada seja correto.

Talvez o amor não seja tão bom assim.

Esse pensamento surgiu, porque percebi:

Amor é igual dor.

O mundo não sente amor.

Talvez seja essa a equação que aprendi.

Mas não consigo ser comum, pois o incomum me estimula.

Amar é a minha paixão. Estranho, né?! Pois amar já é uma paixão.

Mas, no mundo em que vivo, aprendi que amar é para poucos.

Acho que sou masoquista, porque, mesmo sofrendo, continuo amando.

Você deve pensar que não amo a vida – Mas eu amo a vida, Deus e seus anjos.

Amo a todos, até aqueles que não me amam.

Talvez por isso eu seja diferente.

Talvez eu tenha tanto amor, mas não nasci para amar.

Que contradição, mas pode ser uma verdade.

Acredito que, nessa hipótese, seja uma inverdade.

Acredito que eu seja de verdade.

Não sou uma utopia - Talvez os seres humanos do futuro sofram uma evolução.

Talvez o amor vença e cresça - E eu, não seja o único em meio a tantos.

Pois ser ou sentir-se único, é solitário.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 15/05/2011
Código do texto: T2970822
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