QUANDO NÃO VIESTE PARA MIM

Meu coração depois da felicidade

vive com o tormento de não te ter

tamanho algoz traz-me infelicidade

de te supor estar-te a perder.

Muitos foram os poemas que te escrevi

enaltecendo-te e agradando-te

mas, ó sina, de ti me perdi

no coração eu vou levando-te.

Deixaste-me só com minhas aflições

sem nem sequer poder dormir

porque todas as minhas ilusões

de mim pela lonjura deixaste-as fugir.

Para longe jogaste meu encantamento

nem quiseste saber se sofria

expuseste-me ao julgamento

de não te poder ver dia após dia.

Hoje não sei que outras sombras virão

quando de mim afastar quiseste

e eu vivo nesta tremenda aflição

pois de mim tu nem sequer soubeste.

Meus beijos perdidos no escuro

minhas ânsias perfeitamente declaradas

vivo a vida neste mundo obscuro

onde abundam um sem fim de sem nadas.

Sempre pensei algures que me buscarias

para sermos um do outro para sempre

mas passaram-se as noites e os dias

contigo desaparecida num repente.

Mas tal não aconteceu e eu me vi a sós

sem emoção nem qualquer alegria

porque o que era para ser chamado de «nós»

deixaste-o cair junto com minha serventia.

Jorge Humberto

27/05/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/05/2011
Código do texto: T2996804
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.