EU TE ESPERO

Teu amor caiu em mim feito banho quente,

para o inverno infinito do meu corpo.

Hoje decidi tão simplesmente

amar somente a ti, e não a outro

E não hei de me perder em delírios,

Que tua lembrança em mim produz.

Ficarei certamente com os resquícios,

do amor que minha alma ainda aduz

Que haja desejos em profusão,

quando tua alma me encontrar.

Para que não traduza como desilusão,

a história que iremos contar.

Eis que fica contido nas vértices do tempo,

senão no ardente brilho do teu olhar,

O amor que não esta nas vitrines do silêncio.

Que o esquecimento não ousou acalentar.

Como a noite abraça a tarde acinzentada,

tornando o céu noturno sem brilho.

Eu abraço minha esperança adoentada,

e te espero um século se for preciso.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 30/05/2011
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T3002736
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