A poeta morta
Ela já não ri,
já não chora,
não sente.
Ela parou não
para admirar ou ser admirada,
ela parou porque seus olhos não vê,
seu corpo já não treme e de tão lúcida
já não ama.
Ela é voraz, astuta, burra e demente,
o mundo gira, ela grita,
porém sua voz é a ultima a ser escutada.
Seus pensamentos são sem cores,
seus rumos;em dores,
ela já não acorda, porque não dorme,
ela já vive porque não ama.