COFISSÕES DE AMOR

Amigo, preste atenção!

Não sou boa companhia

Para quem deseja festejar,

A vida me foi madrasta

E não são boas as palavras

Que eu tenho para falar!

Mas se queres te arriscar

Pegue uma cadeira

Peça mais uma cerveja

E pode se assentar.

Será curta a história

Desse desgraçado!

Deixe, pois que minha voz

Se espalhe por esse bar

Para que todos fiquem sabendo

Que um homem também chora

E o que agora

Parece-nos loucura

Amanhã talvez seja

O motivo de uma bebedeira.

Se alguém me contasse

Que aquela que eu amava

Sendo tão tímida comigo

Quando me beijava,

Com outro homem deitava Entregando sem pudor

O que a mim não entregava

Eu o chamaria de louco!

Mas um dia,

Maldito seja aquele instante!

Meus olhos se abriram

Quando o punhal da traição,

Desferido pelas mãos

Daquela que eu tanto queria!

Rasgou-me o peito

Sangrando da alma

Qualquer vestígio de esperança.

E é por isso que eu bebo!

E é por isso que eu choro!

Mas não te rias ò amigo

Zombando desse pobre

Por essa história contar,

Se hoje és feliz

Com aquela que te jura

Para sempre te amar!

Amanhã o destino

Pode trazer-te pelas mãos

Atirando-te sem piedade

Da mesa desse bar

Para a calçada da rua.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 02/06/2011
Código do texto: T3009003