"Onde estás, amor?"

Ontem, na escuridão tímida, 

Ainda ébria de desejos 

Um tanto quanto possuída, 

Pelo ardor de seus beijos, 

Busquei-te rendida. 


Ainda que o chão me faltasse, 

Que a lua, espreitando-me calada, 

Contundente me tirasse, 

Desejaria ser eu, ainda sua amada. 


Por quantos anos que esperasse, 

Sem temer ao destino consumado, 

Ainda assim se eu morresse, 

No céu estaria marcado. 


E, mesmo que em espírito me transformasse, 

Ainda assim continuaria amando. 



“Não consigo terminar este texto... 

Em meu coração, arde uma chama, 

Assim como a tristeza que me domina.”