DESFALECER DE AMOR

Adeus! Morena ingrata,

Tu me disseste adeus!

Sem pensar ou titubear

Olhaste dentro dos meus olhos

E, sem se importar

Se eu viveria ou morreria,

Disseste adeus.

Adeus! Palavra impiedosa,

Porque a dizer?

Mesmo que tenhamos a certeza

De que teremos de partir

Ao nascer do dia,

Melhor seria que mentíssemos.

Ah! Não me digas adeus!

Não nessa noite!

Por tudo o que já vivemos

Não digas adeus hoje,

Finjas que ainda nos queremos,

Que não te sou indiferente

E que o brilho dos meus olhos

Ainda encontram reflexos

Dentro dos olhos teus.

Quando a noite sombria

Vai se desvanecendo

Ao romper da aurora

Não diz adeus ao luar,

Enquanto na terra o poeta

Põe-se a sonhar,

Calmamente mergulha no abismo.

Não! Eu te imploro!

Não o digas, por favor!

Deixe-me, ainda uma vez

Beijar-te os lábios,

E acariciar teu corpo

Desfalecendo de amor!

Não! Não digas adeus!

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 04/06/2011
Código do texto: T3013213